A Polícia Civil investiga um novo tipo de esquema criminoso que já fez pelo menos uma vítima em Cuiabá. Trata-se do golpe do mandado de busca e apreensão, que tem como foco carros usados com pendências judiciais.
Na semana retrasada, o proprietário de uma marmoraria localizada na região do Parque Atalaia, na Capital, foi surpreendido por dois golpistas que se passavam por oficiais de justiça e afirmando que estavam cumprindo uma determinação judicial de retenção do veículo, um Corsa de cor azul.
Conforme informações da polícia, os estelionatários apresentaram um mandado falso, que teria sido autorizado por um juiz da comarca de Rondonópolis (cidade localizada a 230 quilômetros da Capital, ao sul do Estado). Porém, não tinha o selo original do Poder Judiciário.
Detalhes que não teriam sido percebidos pela vítima. Assim, os bandidos levaram o carro. Procurado pela reportagem, o dono do Corsa não quis falar sobre o caso sob a alegação de não prejudicar as investigações.
Dias depois, o veículo foi encontrado ?depenado? em determinado ponto da avenida Miguel, na Capital. ?Os bandidos retiraram todos os acessórios do Corsa?, informou um policial que também preferiu não ter o nome divulgado.
De acordo com a polícia, o proprietário informou que o veículo estava com pendências judiciais, mas ainda não havia nenhuma determinação judicial de apreensão.
O que chama a atenção das autoridades policiais é que o golpe envolveu carro usado. Por isso, alerta quanto à possibilidade de mais pessoas em situação parecida também caírem na manobra criminosa.
A Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso informou alguns cuidados que as pessoas podem ter para não serem enganadas por golpistas.
Um deles é observar se há o timbre do Poder Judiciário. Outro detalhe importante é verificar se o mandado de busca e apreensão foi assinado pelo gestor e pelo juiz da Vara, que determina a procura ou retenção do bem. Em caso de suspeita, a pessoa não deve proceder a entrega.
Esse cuidado é importante porque, conforme a assessoria de imprensa da Corregedora, atualmente há golpistas falsificando inclusive o timbre do órgão judiciário. Outra dica importante é exigir a carteira ou identidade funcional do oficial de justiça e do acompanhante.
A orientação para casos de desconfiança é que a pessoa entre em contato com o fórum ou juiz da comarca que expediu o mandato e se certifique da veracidade dos fatos.
A assessoria comentou ainda que é importante que a vítima procure a delegacia de polícia e registre queixa para que as medidas necessárias sejam tomadas. A Corregedoria do Tribunal de Justiça não se envolve com processos criminais ou civis, que são da alçada da Polícia Civil.
Fonte: Diário de Curitiba por Joanice de Deus.
AOJUS/DF ? TRABALHANDO PELA VALORIZAÇÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA FEDERAL