Primeiro, entrarão em
circulação as novas notas de R$ 50 e de R$ 100. Em 2011, será a vez das notas
de R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a substituição
das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas notas de maior valor
são as que demandam maior proteção contra tentativas de falsificação e, por isso,
estão sendo lançadas antes das demais. Mais de 70% das cédulas falsas
apreendidas no país são de R$ 50 e de R$ 100.
?As novas notas
entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas
atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em
decorrência do desgaste natural?, informou o BC, em nota. Na página do banco na
internet, a autoridade monetária avisa que ?não há necessidade de trocar as
notas antigas por novas na rede bancária, pois as duas famílias conviverão em
circulação por prazo indeterminado?.
A necessidade de dar
mais segurança às notas foi a justificativa do BC para a criação da nova
família de dinheiro de papel. ?Com o avanço das tecnologias digitais nos
últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e
elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a
segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos?.
Para lançar as novas
cédulas, a Casa da Moeda teve que investir em equipamentos de impressão, já que
as atuais cédulas são impressas em máquinas com mais de 30 anos de uso. Segundo
o BC, ?os novos equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais
complexos e com maior precisão, aumentando a percepção de uma impressão de
qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira família ? como a
marca d?água e o número escondido ? foram redesenhados de modo a facilitar a sua
verificação pela população?.
Outra mudança está na
diferença de tamanho das notas, para garantir o uso seguro pelos deficientes
visuais. Além disso, a adoção de tamanhos diferenciados inibe a tentativa de
falsificação por lavagem química, uma técnica que consiste em apagar a
impressão de uma nota de menor valor e imprimir no papel moeda lavado a estampa
de uma nota de maior valor.
Os deficientes visuais
também poderão contar com as marca táteis, que são barras em alto-relevo
localizadas no canto direito inferior das notas.
Segundo o BC, nas notas
de R$ 50 e de R$ 100, ?a maior novidade é a faixa holográfica, composta por
desenhos descontínuos que, ao serem movimentados, apresentam efeitos de
alternância de cores e formas?. Os demais elementos de segurança também são de
fácil visualização: marca d?água, que apresenta o valor da nota e a imagem do
animal, e o número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição
horizontal, na altura dos olhos.
Fonte: Banco Central